quinta-feira, 17 de junho de 2010

Esportes

A primeira aparição da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de Verão ocorreu nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972, realizado na cidade alemã de Munique, na Alemanha Ociental, conquistando cinco medalhas, entre elas, uma de ouro. Quatro anos depois, em Montreal,o país conseguiu uma medalha de ouro e uma de prata no boxe, e obteve cinco medalhas no boxe, luta livre, e no levantamento de peso em Moscou. Em 1984, o país integrou o bloco do leste nos Jogos de Los Angeles, e quatro anos depois, também boiocotou os de 1988 em Seul, devido à indisponibilidade da Coreia do Sul em ser sede do evento junto com a Coreia do Norte. Apesar de que a maioria dos países socialistas tenham boicotado os Jogos em 1984, apenas Cuba se solidarizou no boiocote de 1988.[155]
A Coreia do Norte retornou aos Jogos em 1992, em Barcelona, conquistando inéditas nove medalhas, sendo quatro delas de ouro.
Nos Jogos de Sydney em 2000 e Atenas em 2004, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul marcharam juntas pela primeira vez nas cerimônias de abertura e de encerramento sob a Bandeira de Unificação Coreana. Isso aconteceu nestas duas edições, mas não em Pequim 2008, pois as tensões políticas se deterioraram novamente,[154] e ambas competiram separadamente.[156] A Coreia do Norte medalhou em todos os Jogos Olímpicos que disputou.[157]
A Coreia do Norte participou de diversos Jogos Olímpicos de Inverno,[157] competindo pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1964, realizado na cidade austríaca de Innsbruck. O atleta norte-coreano Pil-Hwa Han ganhou uma medalha de prata na patinação de velocidade de 3 000 metros. Outra medalha ganha pela Coreia do Norte em Jogos Olímpicos de Inverno foi uma medalha de bronze em 1992, nos Jogos Olímpicos de Albertville, quando Ok-Sil Hwang conseguiu a terceira colocação na patinação de velocidade sobre pista curta 500 metros. O Norte e o Sul novamente marcharam juntas sob a Bandeira da Unificação nos Jogos de Turim, em 2006.
Em 2010, a Coreia do Norte conseguiu sua participação na Copa do Mundo FIFA,voltando depois de muitas décadas.O governo anunciou que gravaria os jogos e apenas transmitiria-os para a população caso a seleção norte-coreana obtivesse resultados favoráveis.

Cultura

A literatura e as artes da Coreia do Norte são controladas pelo Estado, sobretudo através do Departamento de Propaganda e Agitação ou Departamento de Cultura e Artes do Comitê Central do KWP.[147] A cultura coreana foi atacada durante governo japonês de 1910 a 1945. O Japão aplicava uma política assimilação cultural. Durante o governo japonês, os coreanos foram encorajados a estudar e falar japonês, adotar o sistema japonês de nomes de família e a religião xintoísta; foi proibido falar o escrever a língua coreana nas escolas, no trabalho, ou em praças públicas.[148] Além disso, o Japão alterou e destruiu vários monumentos coreanos incluindo o Palácio Gyeongbok e documentos que retratavam os japoneses em um ponto de vista negativo.
Em julho de 2004, o Complexo de Túmulos Koguryo tornou-se o primeiro local do país a ser incluindo na lista da UNESCO de Patrimônios Mundiais.[149] Em fevereiro de, a Orquestra Filarmônica de Nova Iorque tornou-se o primeiro grupo musical dos Estados Unidos a fazer uma performance na Coreia do Norte,[150] ainda que escolhidos a dedo os "convidados da audiência".[151] O concerto foi transmitido pela televisão nacional.[152]
Um evento popular na Coreia do Norte são os Mass Games. O maior e mais recente Mass Games foi chamado de "Arirang". Foi realizado em seis noites por semana durante dois meses, e envolveu cerca de 100 000 artistas. Participantes desde evento dos últimos anos alegam que os sentimentos anti-ocidentais têm sido atenuados, em comparação a performances anteriores. O Mass Games envolve artistas de dança, ginástica, e performances coreógráficas, que celebra a história da Coreia do Norte e a Revolução do Partido dos Trabalhadores. O Mass Games é feito em Pyongyang, em vários locais (que variam de acordo com a escala dos Jogos em um ano em particular) incluindo o Estádio Rungrado May Day, que é o maior estádio do mundo, com capacidade de 150 000 pessoas.[

Reunificação coreana

A política da Coreia do Norte focaliza buscar a reunificação com o Sul, sem que haja uma interferência externa, através de uma estrutura federal que mantenha a liderança de cada lado da península. Ambas Coreias do Norte e Sul assinaram a Declaração Conjunta Norte-Sul de 15 de junho na qual os dois lados fizeram promessas de procurar uma reunificação pacífica.[145] A República Federal Democrática da Coreia é um Estado proposto, mencionado primeiramente pelo presidente norte-coreano Kim Il Sung em 10 de outubro de 1980, propondo uma federação entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul na qual os respectivos sistemas políticos inicialmente permaneceriam.[

Culto á personalidade

O governo norte-coreano exerce um rígido controle sobre muitos aspectos da cultura da nação, e este controle é usado para perpetuar o culto à personalidade em volta da figura de Kim Il-sung, e, em menor medida, Kim Jong-il. Enquanto visitava a Coreia do Norte em 1979, o jornalista Bradley Martin notou que quase toda música, arte e escultura que ele observou glorificavam o "Grande Líder" Kim Il-sung, cujo culto à personalidade foi então estendido à seu filho, o "Líder Querido" Kim Jong-il.[134] A música No Motherland Without You, cantada pelo Coro do Exército Norte-Coreano, foi criado especialmente para Kim Jong-Il e é uma das músicas mais populares do país. Kim Il-sung é ainda oficialmente reverenciado como o "Presidente Eterno" da nação. Diversos locais da Coreia do Norte são nomeados para Kim Il-sung, incluindo: a Universidade Kim Il-sung, o Estádio Kim Il-sung, e a Praça Kim Il-sung. Desertores foram citados como terem dito que as escolas norte-coreanas endeusam tanto pai quanto filho.[135] Kim Il-sung rejeitou a noção que ele criou um culto envolta de si e acusou aqueles que sugeriam isto de "facciosista".[

Direitos humanos

Múltiplas organizações internacionais de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, acusam a Coreia do Norte de ter um dos piores registros de direitos humanos de qualquer nação.[128] O norte-coreanos tem sido referidos como "algumas das pessoas mais brutalizadas do mundo" pela Human Rights Watch, devido às severas restrições às suas liberdades políticas e econômicas.[129] Desertores norte-coreanos testemunharam a existência de campos de prisão e detenção com uma estimativa de 150 000 a 200 000 presos (cerca de 0,85% da população), e reportaram tortura, fome, estupro, assassinato, experimentos médicos, trabalho forçado, e abortos forçados.[130] Prisioneiros políticos condenados e suas famílias são enviados para estes campos, onde são proibidos de casar-se, cultivar seu próprio alimento, e é cortada a comunicação externa.[131]
O sistema alterou-se ligeiramente no final dos anos 1990, quando o crescimento vegetativo tornou-se muito baixo. Em muitos casos, onde a pena foi de facto, substituída por punições menos severas. O suborno tornou-se prevalente em todo o país. No entanto, muitos norte-coreanos, agora, ilegalmente, usam vestimentas de origem sul-coreana, ouvem à música deles, assistem suas fitas de vídeo e recebem suas transmissões.[

Fome

Na década de 1990, a Coreia do Norte sofreu perturbações econômicas significativas, incluindo uma série de desastres naturais, uma má gestão econômica e uma grave escassez de recursos, após o colapso do Bloco do Leste. Isto resultou em um déficit de produção de grãos de mais de 1 milhão de toneladas do que o país precisa para atender as exigências dietéticas mínimas.[123] A fome da Coreia do Norte, conhecida como "Marcha Árdua", resultou em mortes de entre 300 000 e 800 000 norte-coreanos por ano durante uma fome de três anos, atingindo em 1997, 2 milhões de mortos, sendo "a maior estimativa possível".[124] As mortes foram provavelmente causadas por doenças relacionadas à fome, como a pneumonia, a tuberculose, e a diarreia, ao invés da inanição.[124]
Em 2006, a Anistia Internacional informou que um inquérito alimentar nacional realizado pelo governo norte-coreano, o Programa Alimentar Mundial, e a UNICEF, viu que 7% das crianças eram gravemente desnutridas; 37% eram cronicamente desnutridas; 23,4% eram abaixo do peso; e uma dentre três mães foram desnutridas e/ou anêmicas, como resultado do efeito prolongado da fome. A inflação causada por algumas das reformas econômicas em 2002, incluindo a política de Songun, foi citada como causa do aumento dos preços das comidas básicas.

Transporte

Há uma mistura de trólebus construídos e importados e bondes em centros urbanos na Coreia do Norte. Frotas anteriores foram obtidas na Europa e na RPChina, porém o embargo comercial forçou a Coreia do Norte a construir seus próprios veículos. Há ferrovias na República Democrática Popular da Coreia operadas pelo Choson Cul Minzuzui Inmingonghoagug, sendo este o único operador ferroviário da Coreia do Norte. O país tem uma rede de 5 200 km de vias, com 4 500 km em bitolas padrões.[121] Há uma pequena ferrovia de bitolas estreitas em operação na península de Haeju.[121] A frota de transporte ferroviário consiste em uma mistura de locomotivas elétricas e a vapor. Carros são, em sua maioria, feitos na Coreia do Norte usando os modelos soviéticos. Há algumas locomotivas do Japão Imperial, dos Estados Unidos, e da Europa ainda em uso. Locomotivas de segunda mão chinesas também foram avistadas em serviço.
O transporte aquático nos principais rios e ao longo das costas desempenha um papel crescente no transporte de mercadorias e passageiros. Exeto pelos rios Yalu e Taedong, a maioria das vias navegáveis no país, que totalizam 2 253 km, são navegáveis apenas por barcos de pequeno porte. A navegação costeira é pesada no litoral leste, cujas águas mais profundas podem acomodar navios de maiores dimensões. Os maiores portos são em Nampho na costa oeste e Rajin, Chongjin, Wonsan, e Hamhung na costa leste. A maior capacidade de carga do país na década de 1990 foi estimada de quase 35 milhões de toneladas por ano. No início dos anos 1990, a Coreia do Norte possuia uma frota mercante oceânica, em grande parte produzida internamente, de sessenta e oito barcos (de pelo menos 1 000 toneladas brutas registradas), totalizando 465 801 tons brutas registradas (709 442 toneladas métricas de porte bruto (TPB)), que inclui cinquenta e oito navios de carga e dois navios-tanque. Há um investimento contínuo na modernização e expansão das facilidades portuárias, desenvolvendo o transporte - particularmente no Rio Taedong - e aumentando a quota de transporte internacional por navios nacionais.
As conexões aéreas da Coreia do Norte são limitadas. Há voos regulares a partir do Aeroporto Internacional de Sunan – 24 km ao norte de Pyongyang – para Moscou, Khabarovsk, Pequim, Macau, Vladivostok, Banguecoque, Shenyang, Shenzhen e voos privilegiados de Sunan para Tóquio, bem como para os países da Europa Oriental, o Oriente Médio, e a África. Um acordo para dar início a um serviço de Pyongyang a Tóquio foi assinado em 1990. Voos internos são disponíveis entre Pyongyang, Hamhung, Wonsan, e Chongjin. Ao todo, os aviões civis operados pelo Air Koryo totalizaram 34 em 2008, os quais foram adquiridos pela União Soviética e a Rússia. De 1976 a 1978, quatro jatos Tu-154 foram adicionados à pequena frota de propulsores An-24s após adicionar 4 Ilyushin Il-62M de longo alcance, 3 aviões Ilyushin Il-76MD de grande porte e 2 Tupolev Tu-204-300 de longo alcance em 2008.
Um dos poucos jeitos de entrar na Coreia do Norte é sobre a Ponte da Amizade Sino-Coreia ou via Panmunjom, a antiga travessia do Rio Amnok e o último cruzamento da Zona Desmilitarizada. Automóveis privados na Coreia do Norte são uma visão rara, mas a partir de 2008 cerca de 70% das famílias utilizavam bicicletas, que também desempenham um papel cada vez mais importante no comércio privado em menor escala.[

Mídia

A mídia da Coreia do Norte é uma das mais rigorosamente controladas do mundo. Como resultado, a informação é estritamente controlada tanto notícias internas, quanto externas. A constituição norte-coreana prevê liberdade de expressão e de imprensa; no entanto, o governo proíbe o exercício desses direitos em prática. Em seu relatório de 2008, a Repórteres sem Fronteiras classificou o ambiente da mídia na Coreia do Norte como 172 de 173, atrás apenas da Eritreia.[117]
Apenas notícias que favoreçam o regime são permitidas, enquanto notícias que cubram os problemas políticos e econômicos no país, ou que critiquem o regime, não são permitidas.[118] A mídia defende o culto à personalidade de Kim Jong-il, regularmente relatando suas atividades diárias. O principal fornecedor de notícias à mídia na RDPC é a Agência Central de Notícias da Coreia. A Coreia do Norte tem 12 principais jornais e 20 grandes revistas, todas de diferentes periodicidades e todas publicadas em Pyongyang.[119] Os jornais incluem: o Rodong Sinmun, o Joson Inmingun, o Minju Choson, e o Rodongja Sinmum. Não há jornais privados.[

Assistençia media

A assitência médica e os tratamentos médicos são gratuitos na Coreia do Norte.[113] O governo norte-coreano gasta 3% de seu produto interno bruto em saúde. Desde a década de 1950, a RDPC pôs grande ênfase à assistência médica, e entre 1955 e 1986, o número de hospitais cresceu de 285 para 2 401, e o número de clínicas também teve um aumento de 1 020 para 5 644.[114] Há hospitais ligados a fábricas e minas. Desde 1979, foi posta uma maior ênfase na medicina tradicional coreana, baseada no tratamento com ervas e acupuntura.
O sistema de saúde da Coreia do Norte tem tido um forte declínio desde os anos 1990, devido a desastres naturais, problemas econômicos, e escassez de alimentos e energia. Muitos hospitais e clínicas norte-coreanos sofrem, agora, com a falta dos equipamentos e medicamentos essenciais, água corrente e eletricidade.[115]
Quase 100% da população tem acesso à água e saneamento, mas a água não é completamente potável. Doenças infecciosas como a tuberculose, a malária, e a hepatite B são considerdas endêmicas no país.[116]
De acordo com estimativas de 2009, a expectativa de vida da Coreia do Norte era de 63,8 anos, quase equivalente à do Paquistão e Myanmar e pouco mais baixa que a da Rússia.[47]
Entre outros problemas de saúde, muitos cidadãos norte-coreanos sofrem as sequelas da desnutrição, causada pela fome e relativa ao fracasso do programa de distribuição. O World Food Program das Nações Unidas, em 1998, revelou que 60% das crianças do país sofriam de desnutrição, e 16% eram gravemente desnutridas.

Educação

A educação na Coreia do Norte é controlada pelo governo e é obrigatória até o nível secundário. A educação norte-coreana é gratuita, e o Estado fornece aos estudantes não apenas instrução e facilidades educacionais, mas também uniformes e livros didáticos.[108] A heurística é altamente aplicada, a fim de desenvolver a independência e a criatividade dos alunos.[109] A educação obrigatória dura onze anos, e inclui um ano de pré-escola, quatro anos da educação primária e seis anos da educação secundária. O currículo escolar norte-coreano consiste em ambos assuntos acadêmicos e políticos.[110]
As escolas primárias são conhecidas como 'escolas do povo' e as crianças frequentam esta escola desde os seis até os nove anos de idade. Elas são, posteriormente, matriculadas em uma escola secundária regular ou uma escola secundária especial, dependendo de suas especialidades. Eles entram na escola secundária aos dez anos e deixam-na aos dezesseis.
O ensino superior não é obrigatório da Coreia do Norte. É composto de dois sistemas: ensino acadêmico e ensino superior. O sistema de ensino acadêmico inclui três tipos de instituições: universidades, escolas profissionais, e escolas técnicas. Escolas de pós-graduação para os níveis mestrado e doutorado são ligados às universidades, e servem a estudantes que quiserem continuar sua educação.[111] Duas universidades notáveis na RDPC são: a Universidade de Kim Il-sung e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, ambas na capital norte-coreana Pyongyang. A primeira, fundada em outubro de 1946, é uma instituição elitizada cuja inscrição de 16 000 estudantes, no início da década de 1990, ocupa, em palavras de um observador, o "regime do sistema educacional e social norte-coreano."[112]
A Coreia do Norte é um dos países mais alfabetizados do mundo, com um índice de alfabetização de 99%.

Economia

A Coreia do Norte tem uma economia industrializada, autárquica, e altamente centralizada. Dos cinco países socialistas restantes do mundo, a Coreia do Norte é um dos apenas dois (junto a Cuba) com uma economia inteiramente planejada pelo governo, e própria do Estado.
A política de isolação da Coreia do Norte faz com que o comércio internacional seja muito restrito, dificultando um potencial significativo do crescimento da economia. No entanto, devido à sua localização estratégica no Leste da Ásia, conectado à quatro maiores economias e tendo uma mão-de-obra barata e jovem e qualificada, é esperado que a economia da Coreia do Norte cresca de 6 a 7% anualmente "como os certos incentivos e medidas de reforma".

Subdivisões


Forças armadas

Ver artigo principal: Forças armadas da Coreia do Norte

Soldados do Exército Popular da Coreia do Norte observando o lado da Coreia do Sul da Zona Desmilitarizada da Coreia.
Kim Jong-il é o Comandante Supremo das Exército Popular da Coreia e Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte. O Exército Popular da Coreia (KPA) é o nome do coletivo de pessoas armadas das forças armadas da Coreia do Norte. O exército tem quatro ramos: Força Terrestre, Força Naval, Força Aérea, e o Departamento de Segurança do Estado. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Coreia do Norte tem o quinto maior exército do mundo, com uma população de militares estimada em 1,21 milhões, com cerca de 20% dos homens situados na faixa de 17 a 54 anos de idade nas forças armadas regulares.[75] A Coreia do Norte tem a maior porcentagem de pessoas militares per capita da população inteira, com aproximadamente 1 soldado alistado para 25 cidadãos norte-coreanos.[76] A estratégia militar é designada para inserção de agentes e sabotagem atrás de linhas inimigas durante uma guerra,[75] com muito das forças da KPA implantado ao longo da altamente fortificada Zona Desmilitarizada da Coreia. O Exército Popular da Coreia opera uma muito grande quantidade de equipamentos, incluindo 4 060 tanques de guerra, 2 500 VBTPs, 17 900 peças de artilharia (incl. morteiros), 11 000 armas aéreas de defesa da Força Terrestre; pelo menos 915 navios da Marinha e 1 748 aviões da Força Aérea,[77] bem como cerca de 10 000 MANPADS e mísseis antitanques.[78] O equipamento é uma mistura de veículos da Segunda Guerra Mundial e pequenas armas, altamente proliferadas da tecnologia da Guerra Fria, e as mais modernas armas soviéticas. De acordo com a mídia oficial norte-coreana, os gastos militares para 2009 são 15,8% do Produto Interno Bruto.[79]
A Coreia do Norte possui programas de armas nucleares e de mísseis balísticos e isto tem sido objeto para as resoluções 1695 de julho de 2006, 1718 de outubro de 2006 e 1874 de junho de 2009 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para tomar cuidado com a realização de testes nucleares e de mísseis. O país provavelmente tem material físsil para até 9 armas nucleares,[80] e tem a capacidade de implantar ogivas nucleares em mísseis balísticos de médio alcance.[81]
A Coreia do Norte também vende seus mísseis e equipamentos militares para o exterior. Em abril de 2009 as Nações Unidas chamaram a Corporação de Vendas de Minas da Coreia (aka KOMID) como o negociante primário de armas da Coreia do Norte e principal exportador de equipamentos relacionados a mísseis balísticos e armas convencionais. A ONU também chamou a Ryonbong coreana de ajudante das vendas militares norte-coreanas.
Em 6 de outubro de 2009, a Coreia do Norte anunciou que estava pronta para retomar o seu centro nuclear em Yongbyon, embora os funcionários alegassem que país ainda mantém em aberto a possibilidade de desarmamento nuclear, porém apenas depois dos Estados Unidos concordarem em conduzir conversas diretas com a Coreia do Norte. A ausência de diálogo com os Estados Unidos foi dita ser o único obstáculo para Pyongyang retomar a six-party talks. O governo norte-americano disse que estava preparado para discutir o assunto, mas que havia certas condições a serem cumpridas. Kim Jong-il disse que como resultado de conversas com a delegação chinesa, as relações hostis entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos devem ser transformadas em laços de paz através de negociações bilaterais.[

Relacões exteriores

A Coreia do Norte há muito, mantém estreitas relações com a República Popular da China e com a Rússia. A queda do comunismo na Europa Oriental em 1989, e a desintegração da União Soviética em 1991, resultaram em uma queda devastadora da ajuda da Rússia à Coreia do Norte, embora a República Popular da China continue a fornecer ajuda substancialmente. O país continua a ter fortes laços com seus aliados socialistas do Sudoeste da Ásia, como o Vietnã, Laos, e Camboja.[67] A Coreia do Norte começou a instalar uma barreira de concreto e arame farpado na sua fronteira ao norte, em reposta ao desejo chinês de reduzir os refugiados que fogem do governo norte-coreano. Anteriormente, a fronteira entre a China e a Coreia do Norte era fracamente patrulhada.[68]
Como resultado do programa de armamento nuclear norte-coreano, a six-party talks foi estabelecida para procurar uma solução pacífica para o mal-estar crescente entre os governos de ambas Coreias, a Federação Russa, a República Popular da China, o Japão, e os Estados Unidos.
Em 17 de julho de 2007, inspetores das Nações Unidas verificaram o encerramento de cinco instalações nucleares norte-coreanas, segundo um acordo feito em fevereiro de 2007.[69]
Em 4 de outubro de 2007, o presidente sul-coreano Roh Moo-Hyun e o líder norte-coreano Kim Jong-Il assinaram um acordo de paz, sobre a questão da paz permanente, conversações de alto nível, cooperação econômica, renovações ferroviárias, viagens áreas e rodoviárias, e uma seleção olímpica conjunta.[29]
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul anteriormente designavam o Norte como um Estado patrocinador do terrorismo.[70] Em 1983, uma bomba matou membros do governo da Coreia do Sul e destruiu um avião comercial sul-coreano; estes ataques foram atribuídos à Coreia do Norte.[71] O país também admitiu a responsabilidade pelo sequestro de 13 cidadãos japoneses nas décadas de 1970 e 1980s, cinco dos quais retornaram ao Japão em 2002.[72] Em 11 de outubro de 2008, os Estados Unidos removeram a Coreia do Norte de sua lista dos Estados patrocinadores do terrorismo.[73]
A maioria das embaixadas estrangeiras conectadas com laços diplomáticos à Coreia do Norte estão situadas em Pequim, ao invés de Pyongyang.[

Politica

A Coreia do Norte é regida sob um governo Juche autodeclarado[64] com um acentuado culto de personalidade organizado em volta de Kim Il-sung (o fundador da Coreia do Norte e o primeiro e único presidente do país) e seu filho e herdeiro, Kim Jong-il. Após a morte de Kim Il-sung, em 1994, ele não foi substituido, mas sim recebeu a designação de "Presidente Eterno", e foi sepultado no Palácio Memorial de Kumsusan, no centro de Pyongyang.
Embora a posição ativa de presidente tenha sido abolida, em deferência à memória de Kim Il-sung,[65] o chefe de Estado de facto é Kim Jong-il, que é o Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte. A legislação norte-coreana é a Suprema Assembleia Popular, atualmente presidida por Kim Yong-nam. Outra figura sênior do governo é o primeiro-ministro Kim Yong-il.
A Coreia do Norte é um Estado unipartidário. O partido governante é a Frente Democrática de Reunificação da Pátria, uma coligação do Partido dos Trabalhadores da Coreia e outros dois partido menores, o Partido Social-Democrata da Coreia e o Partido Chondoista Chongu. Estes partidos nomeiam todos os candidatos para cargos e ocupam todos os assentos da Suprema Assembleia Popular.
Em junho de 2009, foi relatado na imprensa sul-coreana que a inteligência indica que o próximo líder do país seria Kim Jong-un, o mais novo dos três filhos de Kim Jong-il.[

Região

Ambas as Coreias compartilham uma herança budista e confucionista e uma recente aparição do movimento cristão. A constituição da Coreia do Norte declara que a liberdade de religião é permitida.[51] De acordo com os padrões de religião ocidentais, a maioria da população norte-coreana pode ser caracterizada como irreligiosa. No entanto, a maioria é definida como religiosa de um ponto de vista sociológico[52] e pelo fato da influência cultural de religiões tradicionais como do budismo e confucionismo ainda ter efeito na vida espiritual da Coreia do Norte.[53][54][55]
Entretanto, o grupo budista norte-coreano é, declaradamente, maior que outros grupos religiosos; particularmente os cristãos, que são ditos como perseguidos pelas autoridades. O governo dá financiamento aos budistas para promover a religião, porque o budismo desempenha um papel fundamental na cultura tradicional coreana.[56]
De acordo com o Human Rights Watch, atividades de liberdade religiosa não existem mais na Coreia do Norte, enquanto o governo patrocina grupos religiosos apenas para criar uma ilusão de liberdade religiosa.[57] Conforme a Religious Intelligence, a situação norte-coreana é a seguinte:[58]
Irreligião: 15 460 000 adeptos (64,31% da população, uma vasta maioria dos quais são adeptos à filosofia Juche)
Xamanismo coreano: 3 846 000 adeptos (16% da população)
Chondoismo: 3 245 000 adeptos (13,5% da população)
Budismo: 1 082 000 adeptos (4,5% da população)
Cristianismo: 406 000 adeptos (1,69% da população)
Pyongyang era o centro da atividade cristã na Coreia antes da Guerra da Coreia. Hoje em dia, existem quatro igrejas sancionadas pelo Estado, na qual os defensores da liberdade religiosa dizem ser vitrines para os estrangeiros.[59][60] Estatísticas oficiais do governo reportam que existem 10 000 protestantes e 4 000 católicos romanos na Coreia do Norte.[61]
De acordo com um ranking publicado pela Open Doors, uma organização que apoia cristãos perseguidos, a Coreia do Norte é atualmente o país com as mais severas perseguições dos cristãos no mundo.[62] Grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, também se manifestaram sobre perseguições religiosas na Coreia do Norte

Idioma

A Coreia do Norte compartilha a com a Coreia do Sul a língua coreana. Há diferenças dialéticas entre ambas as Coreias, porém a fronteira entre o Norte e o Sul não apresenta uma maioridade linguística. Enquanto prevalece no Sul, a adoção de termos modernos de línguas estrangeiras tem sido limitada na Coreia do Norte. O Hanja (caracteres chineses) não são mais utilizados na Coreia do Norte, embora ainda sejam usados ocasionalmente na Coreia do Sul. Ambas as Coreias partilham o sistema de escrita fonética chamado chosongul ao norte e hangul ao sul da DMZ. A romanização oficial difere nos dois países, com a Coreia do Norte usando um sistema McCune-Reischauer ligeiramente modificado, e a Coreia do Sul usando a Romanização Revisada do Coreano.

Demografia

A população da Coreia do Norte, de cerca de 23 milhões de habitantes, é uma das populações mais homogêneas étnica e linguisticamente do mundo, com um número muito pequeno de chineses, japoneses, vietnamitas, sul-coreanos, e uma minoria de europeus expatriados.
De acordo com o CIA World Factbook, a expectativa de vida da Coreia do Norte era de 63,8 anos em 2009, um valor quase equivalente ao do Paquistão e Myanmar e pouco menor que a da Rússia.[47] A mortalidade infantil situa-se em um nível elevado, de 51,34, a qual é 2,5 vezes maior do que a da RPChina, 5 vezes a da Rússia e 12 vezes a da Coreia do Sul.[48] De acordo com a lista "The State of the world's Children 2003" da UNICEF, a Coreia do Norte aparece na 73ª posição (com o primeiro lugar tendo o maior nível de mortalidade), entre a Guatemala (72ª) e Tuvalu (74º).[48][49] A taxa de fecundidade da Coreia do Norte é relativamente baixa e situa-se em 1,96 em 2009, comparável à dos Estados Unidos e da França.

Clima

A Coreia do Norte possui um clima continental com quatro estações distintas.[46] Longos invernos trazem uma temperatura fria e condições meteorológicas claras intercaladas entre tempestades de neve como resultado dos invernos do norte e noroeste, soprados da Sibéria. A nevasca média é de 37 dias durante o inverno. É provável que o tempo seja particularmente rigoroso ao norte, onde há regiões montanhosas. O verão tende a ser curto, quente, úmido e chuvoso por causa das monções de inverso do sul e sudeste que trazem ar úmido do Oceano Pacífico. Tufões afetam a península em uma média de pelo menos uma vez a cada verão.[46] Primavera e Outono são estações transicionais marcadas por temperaturas amenas e trazem um clima mais agradável. Os perigos naturais incluem secas ao final da primavera, muitas vezes seguidas por graves inundações.

Topografia

Alguns europeus que visitaram recentemente a Coreia observaram que o país parecia "um mar em uma tempestade pesada" por causa das muitas serras sucessivas que cruzam a península.[45] Cerca de 80% da Coreia do Norte é composta por montanhas e planaltos, separados por vales profundos e estreitos, com todas as montanhas da península com elevações superiores a 2 000 m. As planícies costeiras são largas no oeste e descontínuas no leste. A grande maioria da população vive em planaltos ou planícies.
O ponto mais elevado da Coreia do Norte é a Montanha Baekdu, que é uma montanha vulcânica próxima à fronteira com a China com um planalto de lava basáltica de elevações entre 1 400 e 2 000 metros acima do nível do mar.[45] A Serra Hamgyong, localizada no extremo nordeste da península, possui muitos picos altos, incluindo Gwanmosan com aproximadamente 1 756 m (5 761 pés). Outras serras maiores incluem as Montanhas Rangrim, localizadas na parte centro-norte da Coreia do Norte e percorrem em uma direção norte-sul, fazendo comunicação entre as partes leste e oeste do país; e a Serra Kangnam, que percorre seu curso ao longo da fronteira China-Coreia do Norte. Geumgangsan, frequentemente escrita Mt Kumgang, ou Montanha Diamantina, (aproximadamente 1 638 m) na Serra Taebaek Range, se extende pela Coreia do Sul, é famosa pela sua beleza cênica.[45]
Na maior parte, as planícies são pequenas. As mais extensas são as planícies de Pyongyang e Chaeryong, cada uma cobrindo uma área de cerca de 500 km². Pelo motivo de as montanhas da costa oeste se desgastarem abruptamente em direção ao mar, as planícies são mais pequenas no leste do que na parte oeste. Ao contrário do vizinho Japão ou o norte da RPChina, a Coreia do Norte tem pouca experiência com graves.

Geografia

A Coreia do Norte ocupa a porção norte da península da Coreia, cobrindo uma área de 120.540 km² (46.541 sq mi). A maior parte da fronteira da Coreia do Norte é com a República Popular da China e uma pequena parte a norte com a Rússia, e a fronteira ao sul é feita com a Coreia do Sul, ao longo da Zona Desmilitarizada da Coreia. A oeste, há o Mar Amarelo e a Baía da Coreia, e ao leste, é banhada pelo Mar do Japão. O ponto mais alto da Coreia do norte é a montanha Paektu-san com 2.744 m (9.003 pés). O rio mais longo é o Rio Amnok, que flui por 790 km (491 mi).[42]
O clima da Coreia do Norte é relativamente temperado. A maioria do país é classificada como do tipo Dwa na classificação climática de Köppen-Geiger, com clima temperado frio com inverno seco e com verão quente. No verão há uma pequena temporada de chuvas chamada changma.[43] Em 7 de agosto de 2007 ocorreram indundações, as maiores em 40 anos, que levaram ao governo norte-coreano a pedir ajuda internacional. ONGs, como a Cruz Vermelha, pediram às pessoas que levantassem fundos porque temiam uma catástrofe humanitária.[44]
A capital e também maior cidade é Pyongyang; outras cidades maiores incluem Kaesong ao norte, Sinuiju ao noroeste, Wonsan e Hamhung ao leste e Chongjin ao nordeste.

História

Como consequência da ocupação japonesa da península coreana, com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial em 1945, a Coreia foi divida na altura do paralelo 38 N, em conformidade com a arrumação feita pelas Nações Unidas, a ser administrada pela União Soviética ao norte e pelos Estados Unidos ao sul. A história da Coreia do Norte formalmente começa com o estabelecimento da República Popular Democrática em 1948.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Coreia do Norte

A história da Coreia do Norte começa quando acaba a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Neste ano os japoneses foram expulsos da península coreana pela guerrilha liderada por Kim Il Sung e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Os soviéticos estabeleceram-se ao norte do paralelo 38 e os estadunidenses ao sul. Formaram-se dois países divididos que reclamavam o direito sobre toda a península, cada um proclamando ser o legítimo representante do povo coreano.

A paz se mantinha fragilmente e em 25 de junho de 1950 a Coreia do Norte tentou a unificaçãodo país avançando rumo à chamada Coreia do Sul,dominada por tropas americanas e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro. Em 27 de julho de 1953 foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da ONU, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países.

Um regime de partido único tal qual o soviético foi implantado no país e tem sido assim até hoje. A Coreia do Norte apresentava bons índices de desenvolvimento econômico e industrial durante todo o terceiro quarto do século XX, graças à ajuda da URSS e ao cenário econômico mundial, mas a partir da crise do petróleo que surgiu nos anos 1970 o país parou de crescer. Hoje depende freqüentemente de ajuda humanitária e apresentou, em 1995, um IDH com o Coeficiente de Gini no valor de 0.766, similar ao da China nos dias atuais, e superior ao IDH do Brasil na época. Mas o país, que passa por crises sociais graves busca acordos multilaterais para se re-erguer.

Hino Nacional